MAB-AP realiza mobilização cobrando os royalties de exploração no Amapá

No Dia da Amazônia, movimento buscou denunciar promessas de desenvolvimento com exploração de recursos que não se cumprem, gerando apenas prejuízos socioambientais

Em um ato simbólico no Dia da Amazônia, 5 de setembro, o Movimento dos Atingidos por Barragens do Amapá (MAB-AP) realizou uma manifestação em frente à sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), em Macapá, para cobrar transparência e participação dos royalties da exploração de recursos naturais no estado.

O superintendente do IBAMA-AP recebeu as lideranças do MAB-AP para discutir as reivindicações do grupo.

Lideranças do MAB-AP protestaram contra o que classificam como promessas não cumpridas de desenvolvimento. Segundo Moroni Guimarães, integrante da coordenação do MAB-AP, a exploração desses recursos historicamente têm gerado apenas prejuízos socioambientais para a população local, em contraste com o discurso de progresso que a acompanha.

“Era o mesmo discurso quando foram implantados aqui os empreendimentos hidrelétricos, o mesmo discurso foi usado para implantar as mineradoras, o mesmo discurso recente foi usado para a exploração da madeira, através das madeireiras, de que os royalties seriam a solução para ajudar a população, e vemos que a realidade é outra”, comenta Guimarães.

O integrante do MAB-AP destaca que as comunidades diretamente afetadas por esses projetos são as que menos recebem compensação, menos beneficiadas nesse processo. Ele defende que a região precisa, na verdade, de políticas sociais que respeitem a identidade e as tradições amazônicas e atendam às necessidades reais da população.

A manifestação teve como objetivo principal exigir maior transparência sobre a destinação dos royalties de exploração e garantir que as comunidades atingidas tenham voz ativa nos debates sobre as compensações devidas, principalmente no estado do Amapá. Participou também do ato o movimento Levante Popular da Juventude. 

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