PREFEITO DE MACAPÁ CITA AÇÕES AMBIENTAIS DURANTE A COP30: “ EVENTOS EXTREMOS ESTÃO CADA VEZ MAIS FREQUENTES”.

Prefeito de Macapá, Antônio Furlan chega a COP30. Foto: Divulgação. Belém (PA) — Durante sua chegada a COP30 nesta terça […]

Prefeito de Macapá, Antônio Furlan chega a COP30. Foto: Divulgação.

Belém (PA) — Durante sua chegada a COP30 nesta terça (11), o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), defendeu a participação do município nos debates sobre clima e infraestrutura. Segundo ele, a capital amapaense tem adotado medidas de adaptação às mudanças climáticas, como o plantio de mais de 30 mil árvores e a licitação do projeto de saneamento da Bacia das Pedrinhas e do Canal do Beirol, orçado em R$ 100 milhões no âmbito do Novo PAC. “Macapá tem enfrentado períodos de chuvas intensas e estiagens com focos de incêndio. Precisamos tratar infraestrutura e meio ambiente como prioridade, porque os eventos extremos estão cada vez mais frequentes”, disse.

Ao comentar a exploração de petróleo na região, o prefeito afirmou que a Petrobras “é a maior exploradora de águas profundas do mundo e sem acidentes”, e que Macapá pode se tornar um polo de apoio logístico às operações na Margem Equatorial. Ele também defendeu a criação de programas de capacitação profissional para que a população local tenha acesso aos empregos do setor. A posição contrasta com alertas de organizações ambientais e pesquisadores, que apontam riscos à biodiversidade da Foz do Amazonas e possíveis impactos sobre comunidades costeiras.

Macapá enfrenta alagamentose enchentes durante o inverno amazônico. Foto: ASCOM-GEA

Sobre a preparação da cidade para eventos climáticos extremos, o prefeito afirmou que “nenhuma cidade do mundo está totalmente pronta” e que o enfrentamento das mudanças climáticas deve ser tratado como política pública prioritária.

Macapá tem enfrentado nos últimos anos um agravamento dos alagamentos e enchentes, especialmente durante o chamado “inverno amazônico”, entre fevereiro e maio. Bairros como Perpétuo Socorro, Pacoval, Araxá, Muca e Congós são os mais atingidos, com casas invadidas pela água, perda de móveis, proliferação de doenças e prejuízos ao comércio local. A ausência de drenagem adequada e o avanço da ocupação urbana sobre áreas de ressaca — ecossistemas alagadiços típicos da região — agravam o problema. Em 2024, fortes chuvas chegaram a deixar centenas de famílias desalojadas, levando a prefeitura a decretar situação de emergência. O cenário reforça os desafios da capital em lidar com as consequências diretas das mudanças climáticas, que tornam os eventos extremos mais frequentes e intensos.

Ao ser questionado sobre o cenário político estadual, o prefeito evitou antecipar planos eleitorais, mas indicou que deve permanecer fora da base do governador Clécio Luís. “A política tem um calendário, e ele deve ser respeitado. Provavelmente o nosso grupo apresentará uma candidatura, mas na hora certa vamos decidir”, disse.

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